Zancanaro cobra divulgação de ações da gripe e dengue e critica reajuste de 117% a conselho municipal de Estrela

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Atualmente, vereadores utilizam sala improvisada e sem condições de receber o público - Crédito: Reprodução Câmara

Durante a sessão ordinária da Câmara de Estrela, realizada na segunda-feira (26/5), o vereador Volnei Leandro Zancanaro (PP) utilizou a tribuna para manifestar preocupação com a falta de divulgação clara das ações de combate à dengue e à gripe H1N1 no município. Ele sugeriu ao Executivo a criação de um calendário de rotatividade por bairros, com campanhas informativas distribuídas nas residências.

“As pessoas não sabem como proceder na H1N1 ou na dengue. É falado todos os anos, mas as pessoas esquecem, porque foge da rotina. Cabe à Saúde fazer esse papel. Peço que o Executivo torne isso público e faça um calendário para todos contemplar todos os bairros. Muitos ainda têm entulhos e água parada nos pátios. A informação precisa chegar até elas de forma organizada”, alerta.

Zancanaro ressalta que, especialmente nas áreas atingidas pelas enchentes, ainda há acúmulo de resíduos e possíveis focos do mosquito. Ele lembrou que Estrela já registrou óbito por dengue e reforçou que a saúde pública precisa estar à frente das prioridades. “Essa é uma responsabilidade nossa e do Executivo. Divulgar e organizar as ações é essencial para evitar uma tragédia maior. Deveria ser responsabilidade de todos os municípios gaúchos”, comenta.

Crítica a reajuste

O parlamentar também se posicionou contra a aprovação do Projeto de Lei 61, que reajusta em 117,4% o valor pago aos integrantes de um conselho municipal responsável por avaliar danos e incidentes envolvendo veículos públicos. Lembrou do trabalho voluntário anterior e a criação de remuneração aos conselheiros na gestão anterior, com reajustes previstos pelo INPC.

Embora reconheça a importância do órgão, Zancanaro questionou a falta de informações sobre o volume de trabalho desses conselheiros. “Não sabemos quantas horas trabalham, nem a frequência de atuação. O projeto foi enviado sem construção com o Legislativo e aprovado por maioria, mas com base em dados insuficientes”, criticou.

“Se já vem corrigido pelo INPC, por que dar mais 117%? Vamos ter que fazer isso com outros funcionários? Estamos abrindo um precedente para trabalhar com os demais conselhos da mesma forma?”, questiona. Ele sugeriu levar 30 dias de debate, para os conselheiros trouxeram planilha com trabalho realizado na semana, no mês e no ano. “Nem isso temos! Não falo no total que recebem, é a forma como são pagos”, sustenta.

Segundo ele, o aumento é desproporcional, ainda mais diante de pendências com outros servidores públicos, como horas extras não pagas e férias atrasadas. “Esta gestão deve ser mais séria junto ao Legislativo. Jamais votarei contrário a projeto bom para o munícipe. Mas, quando vem projeto com discrepância tão grande, preciso tornar público e apresentar ao povo. E nós estamos sendo coniventes ao aprovar por 9 votos a 3. Deveríamos baixar ele e pedir documentação necessária para comprovar que são merecedores desse aumento. Se comprovarem, daremos. Tenho responsabilidade para com o município”, argumenta.

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