Na tarde desta terça-feira (27/5), a Escola Estadual de Ensino Médio Reynaldo Affonso Augustin, no bairro Canabarro, recebeu a visita de uma turma do quarto ano da Escola Municipal Prudêncio Franklin dos Reis, de Paverama. A atividade teve como foco a interação dos alunos com a sala robotizada da escola, em uma proposta de aprendizado prático sobre tipos de energia.
A professora Isabel, responsável pela turma visitante, explicou que a ação integra o projeto “Geração Luz”, que será desenvolvido entre maio e julho. “Partiu das crianças a dúvida para saber um pouco mais sobre os tipos de energia existentes”, contou. A iniciativa se conecta ao projeto pedagógico da escola de Paverama e à realidade local, já que a instituição possui placas solares e geração própria de energia.
Segundo a professora, os conteúdos trabalhados em sala de aula incluem energia elétrica, hidráulica e eólica. A visita à sala robotizada foi viabilizada por meio de contato com o professor Eduardo, responsável pelo espaço na Escola Augustin. “A gente tá fazendo hoje um trabalho todo manual, estamos trabalhando com materiais recicláveis que os próprios alunos trouxeram. Teve aluno que trouxe pisca-pisca, desencaparam o fio, fizeram a conexão de energia com pilhas. Claro que mantendo o cuidado, estamos o tempo todo monitorando”, relatou Isabel.
A experiência, conforme a professora, busca conectar teoria e prática. “A gente acredita que esse aprendizado todo que acontece lá na sala de aula só vai fazer sentido se as coisas estiverem na prática.”
O professor Eduardo relembrou que a criação da sala robotizada é resultado de um sonho de 10 anos, iniciado com sua atuação na escola. “Esse espaço maker que hoje nós temos aqui foi luta de muitos projetos encaminhados. A partir de 2019, no segundo festival STEAM, começamos a ser vistos de outra forma. Hoje temos uma sala própria, com recursos obtidos do estado”, explicou.
Entre os equipamentos disponíveis, estão chave de fenda, alicates e soldador. “Claro que ainda demandamos de muitos outros, que às vezes não conseguimos por falta de recursos, mas com o que nós temos hoje, nós fizemos muito”, disse Eduardo. A proposta do espaço é baseada em reciclar, construir e criar, sempre estimulando a autonomia dos alunos. “O aluno faz o seu projeto, ele cria e se desafia. Muitos chegam dizendo que não vão conseguir, e quando veem que o carrinho que construíram deu certo, tu vê a realização deles.”
O professor também destacou o apoio da equipe da escola como fundamental. “A gente só vai conseguir algo melhor para os alunos se nós trabalharmos em conjunto.”
Escolas interessadas em conhecer a sala robotizada ou desenvolver projetos em parceria podem entrar em contato diretamente com a instituição. “Pode ligar para a escola, procurar falar com o professor Eduardo, deixar um horário agendado ou um número de contato. A escola é isso: a comunidade dentro da escola. Sem essa participação, o contexto não se completa”, finalizou.